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Jornalistas de Juiz de Fora são signatários de documento

Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.

A flor e a náusea, Carlos Drummond de Andrade

 

 

Na tarde da terça-feira (23), três hackers bolsonaristas invadiram uma assembleia de campanha salarial de jornalistas, gráficos e trabalhadores administrativos de jornais e revistas de Minas Gerais. A assembleia, que havia sido convocada conjuntamente pelos sindicatos dos Jornalistas (SJMPG), dos Gráficos e dos Trabalhadores da Administração em Jornais e Revistas, foi invadida poucos minutos depois de começar, com um perfil de nome agressivo e jocoso passando um vídeo com mensagens de ódio a trabalhadores, comunistas, LGBTI+, além de teor pornográficos e de apoio a Bolsonaro.

 

Fato semelhante aconteceu no começo de março em uma assembleia dos radialistas da Rede Globo para deliberar sobre a proposta patronal para o programa de participação nos lucros. Na semana passada, a assembleia dos jornalistas do Distrito Federal também foi invadida por hackers e não pode ser levada adiante.
Além de não ser um ataque isolado, faz parte de uma escalada de violência contra jornalistas e trabalhadores em geral, protagonizada pelo próprio presidente da República.

 

Segundo o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2020, elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) o ano que passou foi o mais violento, desde o começo da década de 1990, quando a entidade sindical iniciou a série histórica. Foram 428 casos de ataques – incluindo dois assassinatos – o que representa um aumento de 105,77% em relação a 2019, ano em que também houve crescimento das violações à liberdade de imprensa no país.
As entidades e organizações abaixo-assinadas repudiam os sucessivos ataques a jornalistas e todos os trabalhadores da notícia, ao direito à informação, à liberdade de expressão e ao direito de organização sindical. Apoiamos o SJPMG, o Sindicato dos Gráficos e dos Trabalhadores da Administração em Jornais e Revistas de Minas Gerais em sua ação de denúncia desse crime cibernético e esperamos a devida ação dos órgãos de Justiça.

Assembleia de campanha salarial é alvo de ataque de hacker bolsonarista

A assembleia de campanha salarial de jornalistas, gráficos e administrativo, que ocorria nesta tarde de terça (23/3), foi interrompida após invasão de hacker bolsonarista. A assembleia foi invadida poucos minutos após ser iniciada pela presidenta do SJPMG Alessandra Mello. O hacker usou o espaço para propagar mensagens de ódio a trabalhadores, comunistas, LGBTI+, além de usar a sala virtual para divulgar vídeos pornográficos e de apoio a Bolsonaro.

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Os desafios de conciliar o jornalismo e a maternidade

O segundo episódio do podcast Casa Delas reúne jornalistas de Juiz de Fora para debater os desafios de conciliar a profissão e a maternidade.

Ser mãe e jornalista, quase sempre, significa ter uma jornada múltipla. O equilíbrio destas funções, o espaço no mercado de trabalho e a cobrança da sociedade foram alguns dos assuntos abordados no bate-papo entre Aline Maia, Cris Hubner, Mônica Calderano e Renata Miranda.

A Casa Delas é uma iniciativa da Casa do Jornalista em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Juiz de Fora. A série de podcasts celebra o mês da Mulher.

 

Veja aqui:    Casa Delas – Episódio 2

 

Série de podcasts celebra encontro de Mulheres Jornalistas em Juiz de Fora

Por Gracielle Nocelli

Diferentes vozes, uma só luta! Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, convidamos você para conhecer a Casa Delas, uma série de podcasts que celebra o primeiro Encontro de Mulheres Jornalistas de Juiz de Fora.

 

Serão quatro episódios reunindo jornalistas da cidade para relatar suas experiências em conciliar a profissão e o dia a dia como mães, avós, filhas, mulheres. Elas também narram como foram impactadas pela pandemia da Covid-19.

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8 de Março: Lute como uma jornalista

Nós, mulheres, somos maioria no Jornalismo. Mas, como em todas as demais profissões, não somos a maioria que ocupa os cargos de chefia e de decisão e, ainda, somos menos remuneradas, especialmente as mulheres negras.

 

No ano de 2020, como tantas outras companheiras, sofremos mais com os impactos da pandemia de Covid-19. A pesquisa da Comissão Nacional de Mulheres da FENAJ “Mães Jornalistas e o contexto da pandemia” apontou que as mães jornalistas são mulheres esgotadas pela sobrecarga de trabalho.

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