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Projeto do Piso Salarial para jornalistas é apresentado na Câmara pelo deputado Daniel Almeida

O Projeto de Lei que estabelece o Piso Salarial para Jornalistas foi reapresentado na Câmara Federal pelo deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA). A proposição, que ganhou o número 2209/2025, foi protocolada em maio e propõe base salarial de R$ 6.982,00 (seis mil novecentos e oitenta e dois reais) mensais, com jornada de trabalho de 30 horas semanais.

O projeto do piso foi inicialmente proposto pelo ex-deputado federal André Moura (PSC-SE), em 2011. O texto chegou a tramitar na Comissão do Trabalho, mas como não foi aprovado na legislatura 2015-2018, foi arquivado pela Câmara em 31 de janeiro de 2019, com base no artigo 105 do Regimento Interno, que diz que textos não concluídos são automaticamente arquivados na nova legislatura, tendo prazo de 180 dias para ser desarquivado. Como o parlamentar autor não se reelegeu e nenhum outro solicitou desarquivamento, o texto perdeu validade.

A pedido da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), o deputado Daniel Almeida recuperou a matéria e reapresentou o PL, reajustando o valor proposto em 2011 com base na inflação do período. A matéria espera agora distribuição por parte da Mesa Diretora. A entidade se reunirá com o parlamentar em Brasília para traçar uma estratégia de mobilização para que a proposição ganhe visibilidade e tramite de forma ágil na Câmara.

“O Piso Salarial é uma das oito pautas prioritárias dos jornalistas brasileiros e a reapresentação da matéria na Câmara recoloca o tema em debate, para trazer mais dignidade à remuneração de nossa categoria, que hoje enfrenta o arrocho e a precarização das relações no mercado de comunicação”, diz a presidente da FENAJ, Samira de Castro. Para ela, é fundamental que os colegas acompanhem a tramitação do PL 2209/2025 e ajudem a pressionar o Legislativo a aprovar o texto.

Autor do projeto, o deputado Daniel Almeida acredita que mesmo com uma conjuntura adversa aos trabalhadores, é possível avançar para a instituição de um piso para os jornalistas. “O jornalismo é um pilar de nossa democracia e exige que os profissionais responsáveis por esse ofício tenham um salário digno e compatível com a importância de sua função social”, defende. O parlamentar diz que vai conversar com as lideranças partidárias para angariar apoio à matéria.

Desigualdade marca remuneração média de jornalistas no Brasil

Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a pedido da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Novo CAGED, revela um retrato preocupante sobre a remuneração dos jornalistas no Brasil: a remuneração média nacional da categoria é de R$ 8.607,84, mas esse valor esconde profundas desigualdades regionais.

Enquanto profissionais do Distrito Federal têm remuneração média de R$ 19.371,00, e os do Rio de Janeiro, R$ 9.989,97, há estados em que a média é menos da metade disso. Na Bahia, por exemplo, a remuneração mediana é de apenas R$ 3.731,02, a mais baixa do país. Outros estados com salários significativamente baixos incluem Piauí (R$ 4.403,78) e Pará (R$ 4.488,23).

O supervisor técnico do Dieese São Paulo – unidade que atende a FENAJ -, o economista Fernando Lima, reforça a diferença entre piso salarial e remuneração média: a segunda é a soma de todos os salários declarados pelas empresas e dividido pelo número de vínculos formais (empregados).

Apesar de ser considerada uma profissão essencial para o funcionamento da democracia, a atuação jornalística sofre com a desvalorização em grande parte do território nacional. Estados do Norte e Nordeste concentram os menores salários, o que evidencia a fragilidade estrutural do setor fora dos grandes centros urbanos e econômicos.

Mesmo estados com forte presença de veículos de comunicação, como Ceará (R$ 6.544,03) e Pernambuco (R$ 9.682,33), demonstram que o rendimento está longe de refletir o nível de exigência e responsabilidade da profissão.

Para a presidenta da FENAJ, Samira de Castro, a disparidade salarial entre as regiões reflete não só diferenças econômicas, mas também uma lógica concentradora da mídia e da publicidade no eixo Sul-Sudeste, onde estão as grandes empresas de comunicação e os maiores anunciantes. “Isso aprofunda a assimetria de condições de trabalho e oportunidades para jornalistas em estados mais pobres”, pontua.

Os dados de 2024 e 2025 apontam também que o salário médio de admissão dos jornalistas no país é de apenas R$ 4.231,86, valor ainda mais distante da média salarial geral da categoria. O número indica que jovens profissionais e recém-formados enfrentam grande dificuldade para alcançar estabilidade financeira na área. E que profissionais mais experientes e com salários maiores sofrem risco de demissão a cada nova crise.

Precarização silenciosa

A pesquisa ressalta ainda um desafio na medição da realidade do trabalho jornalístico: a informalidade e a pejotização. Muitos jornalistas atuam como pessoa jurídica (PJ) ou Microempreendedor Individual (MEI) – embora nao exista código de MEI para a categoria -, sem os direitos trabalhistas assegurados, o que distorce os dados oficiais e torna ainda mais difícil combater a precarização.

Essa informalidade é crescente especialmente em redações digitais, assessorias e comunicação institucional, onde há forte pressão por produtividade, mas sem garantias como férias, 13º salário ou jornada regulamentada.

Valorização urgente

Os dados reforçam a urgência de políticas públicas e negociações coletivas que assegurem pisos salariais dignos, valorização regionalizada e combate à precarização da profissão. “Em tempos de desinformação, ataques à imprensa e mudanças tecnológicas rápidas, valorizar o trabalho jornalístico é essencial para garantir o direito à informação da sociedade brasileira”, comenta Samira de Castro.

A dirigente explica que a FENAJ tem intensificado sua atuação por melhores condições de trabalho e valorização da categoria. Entre as ações em curso, destacam-se a atuação como amicus curiae no Tribunal Superior do Trabalho (TST) em processos que contesta a pejotização irrestrita; a reapresentação do Projeto de Lei 2209/2025, do Piso Salarial Nacional dos Jornalistas, de autoria do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB/BA); e a Campanha Salarial Nacional Unificada, que busca fortalecer a mobilização conjunta dos sindicatos em todo o país.

“As iniciativas buscam frear a precarização e assegurar condições dignas para quem trabalha diariamente em defesa da informação pública e da democracia”, reforça a presidenta da entidade.

 

Comissão Eleitoral homologa Chapa 1 para eleições do Sindicato

A Comissão Eleitoral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Juiz de Fora homologou, em reunião realizada no dia 6 de junho de 2025, a inscrição da Chapa 1 – “Sindicato na luta pelo jornalismo e pela democracia!”, que concorrerá às eleições sindicais marcadas para os dias 15 e 16 de julho.

A Chapa 1 reúne profissionais de diversas áreas do jornalismo local e propõe uma atuação comprometida com a defesa dos direitos da categoria, a valorização do trabalho jornalístico e o fortalecimento da democracia. A eleição definirá a nova diretoria do Sindicato para o próximo triênio.

Confira a composição da Chapa 1:

Diretoria Executiva:

Presidente: Bruno Ribeiro

Vice-Presidente: Leonardo Costa

Secretário-Geral: Maycon Chagas

1ª Secretária: Priscilla Chandretti

2º Secretário: Ricardo Miranda

1ª Tesoureira: Juliana Duarte

2ª Tesoureira: Mariana Floriano

Suplentes:

Anna Virgínia Nascimento Silva

Luiz Felipe Falcão

Cristiane Hubner

Jorge Júnior

Hugo Netto

Isaac Balassiano

Gabriel Silva

A Comissão Eleitoral reforça a importância da participação de todos os jornalistas sindicalizados no processo eleitoral e lembra que o voto é um instrumento fundamental para a construção de uma entidade representativa e atuante.

Outras informações sobre o processo eleitoral serão divulgadas nos canais oficiais do Sindicato.

Sindicato divulga edital e convoca eleições para nova Diretoria, Conselho Fiscal e Comissão de Ética

A Comissão Eleitoral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Juiz de Fora (SJPJF) anunciou a realização das eleições sindicais para os dias 15 e 16 de julho de 2025, com o objetivo de renovar a Diretoria, o Conselho Fiscal e a Comissão de Ética da entidade para o triênio 2025-2028.

O pleito ocorrerá de forma presencial e direta, na sede do Sindicato (Rua Halfeld, 805, sala 603), das 9h30 às 16h30, e será aberto a todos os jornalistas sindicalizados que estiverem com as obrigações estatutárias em dia, conforme os critérios estabelecidos no Estatuto do SJPJF. A apuração dos votos será feita logo após o encerramento da votação.

O período para inscrição de chapas e candidaturas avulsas vai de 3 a 10 de junho de 2025. Os interessados devem enviar a documentação digitalizada para o e-mail sindicatojf@gmail.com, com o assunto devidamente identificado conforme a função a que concorrem. A efetivação do registro será feita posteriormente, em reunião presencial, mediante apresentação dos documentos originais.

A Comissão Eleitoral reforça que só poderão votar os associados que tenham, no mínimo, seis meses de filiação, estejam em dia com as mensalidades e no pleno gozo dos direitos sindicais.

Cronograma do processo eleitoral:

  • De 3 a 10 de junho: inscrição de chapas e candidaturas avulsas

  • 11 de junho: prazo final para pedidos de impugnação

  • 15 e 16 de julho: realização das eleições

 

Confira o edital completo aqui!

3º Prêmio APRE Florestas de Jornalismo traz como tema Florestas Plantadas e Tecnologia

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) lança a terceira edição do Prêmio APRE Florestas de Jornalismo, iniciativa que reconhece e estimula a cobertura jornalística de excelência sobre o setor florestal.

Com o tema “Florestas Plantadas e Tecnologia”, a edição 2025 coloca em destaque a inovação e os avanços tecnológicos aplicados a uma das atividades mais relevantes para a economia e sustentabilidade do estado.

O presidente da APRE Florestas, Fabio Brun, ressalta a importância da premiação. “A imprensa desempenha um papel fundamental na promoção da economia verde, que engloba o setor florestal, incentivando debates sobre o desenvolvimento dessa atividade econômica e suas contribuições para a sociedade”, assinala.

O prêmio é aberto para jornalistas de todo o Brasil, mas com a temática centrada no estado do Paraná, e contempla três categorias: reportagem escrita (jornais, revistas, sites, portais e blogs), de áudio (rádios e podcasts) e de vídeo (TVs, sites e plataformas de compartilhamento de vídeo). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas a partir do dia 30 de maio até 20 de outubro de 2025. Serão aceitas matérias veiculadas entre 1º de novembro de 2024 e 20 de outubro de 2025.

A premiação ocorrerá durante o jantar anual da APRE, marcado para 28 de novembro de 2025, em Curitiba (PR). Além de premiar os três melhores trabalhos por categoria, o concurso também prevê uma Menção Honrosa concedida pela Embrapa Florestas para reportagens que abordem temas ligados à ciência, pesquisa e instituições acadêmicas, reforçando a importância da conexão entre conhecimento científico e prática florestal.

Inovação e impacto socioambiental

A proposta do tema desta edição reflete a crescente importância das florestas plantadas como recurso renovável e matéria-prima para diversos setores, como móveis, construção civil, energia, higiene, papel e celulose.

Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontam que o Brasil está entre os dez países com maior área de florestas plantadas no mundo, com cerca de 10 milhões de hectares. Nesse cenário, o Paraná é protagonista: é o maior produtor de pinus do país e responde por 20% da madeira produzida nacionalmente.

Mais do que uma atividade econômica robusta, o setor florestal paranaense também é destaque em conservação ambiental. Empresas associadas à APRE conservam 564 mil hectares de florestas nativas e mantêm 79,1% de suas áreas certificadas, atestando práticas sustentáveis em toda a cadeia produtiva.

Como participar

Podem concorrer ao prêmio reportagens que explorem temas como bioeconomia, inovação, sustentabilidade, geração de emprego e renda, arquitetura com madeira engenheirada, cadeias produtivas, entre outros (confira no edital). Cada jornalista poderá inscrever até cinco trabalhos por categoria, desde que respeitados os critérios do regulamento.

As inscrições devem ser enviadas para o e-mail , acompanhadas de ficha com dados pessoais e profissionais, resumo da matéria e link ou PDF da publicação, conforme previsto no edital. Não serão aceitos conteúdos patrocinados ou publicados em veículos ligados a instituições acadêmicas, entidades de classe ou órgãos governamentais.

Serviço

3º Prêmio APRE Florestas de Jornalismo

Inscrições: de 30 de maio a 20 de outubro de 2025

Período de veiculação das matérias: de 1º de novembro de 2024 a 20 de outubro de 2025

Categorias: Reportagem escrita, de áudio e de vídeo
Premiação em cada categoria: R$ 3.500,00 + certificado + troféu (1º lugar); R$ 2.000,00 + certificado + troféu (2º lugar); Leitor digital de livro + certificado + troféu (3º lugar).

Mais informações: www.apreflorestas.com.br

Sobre a APRE Florestas

A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas) representa aproximadamente metade da área total de plantios comerciais no estado. As principais organizações de ensino e pesquisa formam o conselho científico da APRE, conferindo à entidade representatividade e embasamento técnico para o desenvolvimento das ações em prol do setor florestal. Desde 1968, a atuação política, apartidária, faz da APRE a porta-voz do setor no diálogo com as esferas públicas, organizações setoriais, formadores de opinião e sociedade no desafio de promover e fortalecer ações produtivas do setor florestal paranaense.

Mais informações em https://apreflorestas.com.br/